Salvador

As obras de José Gonçalves Salvador sobre os cristãos-novos no Brasil parecem muito atraentes para o pesquisador iniciante por fornecerem grande relação de pessoas que tinham essa origem. No entanto, elas demandam uma leitura mais cuidadosa, pois nem sempre as informações fornecidas pelo mestre condizem com os factos. Assim, por exemplo, é o caso do cristão-novo Duarte Nunes, que saiu da Bahia com sua família na virada do século XVI para o XVII e se estabeleceu na cidade do Rio de Janeiro, onde aparentemente se viu livre das perseguições da Igreja.

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Sangue

“[…] a Inquisição portuguesa considerava que as famílias cristãs-novas continuavam a transmitir o judaísmo pelo sangue às gerações pós-conversão forçada (1497), não havendo, portanto, chance alguma de um cristão-novo ser um fiel observante da lei de Jesus. Assim, não haveria confissão de fé católica aceita pelo Santo Ofício.” _ Susana Maria de Sousa Santos Severs. Cristãos-novos na Bahia colonial. In: CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA. História dos Cristãos-novos no Brasil. 1ª edição. Editora Jaguatirica, 2017, pp. 57-76

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Mina

A série Origens do Ecoa-UOL promove o resgate “histórico da construção de identidade de pessoas negras” e, por ocasião da Copa do Mundo de Futebol de 2022, lançou um especial com entrevistas de ex-jogadores que disputaram a Copa do Mundo e aceitaram participar de um teste de genealogia genética para explorar sua ancestralidade. Neste texto abordo especificamente a entrevista do capitão Marcos Evangelista de Morais, que os brasileiros conhecem como Cafu, que tem no currículo os feitos notáveis de ter sido o jogador com mais partidas pela seleção (142 jogos), o que mais disputou partidas do mundial (20 jogos) e o único no planeta a jogar três finais seguidas, das quais venceu a de 1994 e a de 2002.

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