Censo

O resultado do último censo, realizado em 2022, apresenta alguns factos interessantes, como o aumento na proporção de pessoas que se autodeclararam pretas e amarelas e, em especial, o aumento absoluto da população que se autodeclara parda – 45,3%. Historicamente falando, desde os tempos coloniais o povo brasileiro foi mestiço e entre os séculos XVI e XIX houve superioridade numérica de pessoas de origem africana – pretas – e seus descendentes diretos. Sempre existiu, no entanto, o conceito de pardo, mas seu sentido mudou, e poucos brasileiros sabem disso.

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Atitudes

A Genealogia tem despertado grande interesse de pessoas que antes talvez nem se interessassem tanto pela história familiar. Atribuo parte desse interesse à busca por outras cidadanias que se tornou uma verdadeira febre há algumas décadas. Pessoas que chegaram à Genealogia por razão assim tão pragmática acabaram muitas vezes se apaixonando pela pesquisa e deram seguimento por conta própria ou com ajuda de grupos dedicados ao tema. Talvez nesse mesmo grupo – ou naqueles que se apaixonaram pela pesquisa da história familiar por outras razões – percebo algumas atitudes que despertam atenção e é a elas que respeitosamente dedico este texto, ainda que para alguns se sintam desapontados com o que lerão.

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Condenadas

Recentemente divulguei no Instagram a publicação de um pequeno dicionário biográfico de mulheres afrodescendentes e cristãs-novas que viviam no Rio de Janeiro no século XVIII, o qual foi compilado a partir de pesquisas de Anita Novinsky e outros estudiosos do tema. Um seguidor comentou que nunca havia ouvido falar que tais pessoas tivessem existido. Mas elas existiram e, tal como outras mulheres de origem cristã-nova, também sofreram perseguições pelo Tribunal do Santo Ofício.

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