Cabo-verdiano

A identificação das origens dos antepassados que foram escravizados na África é talvez o maior desafio para a genealogia de famílias afrodescendentes no Brasil, pois, além de raramente haver registros documentais que permitam traçar essas origens, uma pessoa afrodescendente pode ter antepassados de diferentes etnias africanas. Os testes de genealogia genética – as ferramentas mais avançadas disponíveis – até parecem sinalizar a solução para esse desafio, mas eles ainda são pouco precisos e só nos resta o incansável trabalho de analisar periodicamente as correspondências (matches) com outros clientes sugeridas pelas plataformas que vendem esses testes.

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Factos-2

Este texto é o segundo da série que chamei de factos da vida em que retomo algumas questões que sempre geram surpresa ou abrem discussões nos fóruns públicos. Aqui trato especificamente dos testes genéticos e de alguns aspectos relativos a seus resultados que não são bem compreendidos pelo público em geral. Inicialmente abordo os resultados que dizem respeito a uma ancestralidade africana para depois discutir a questão da quantidade de centimorgans compartilhados com os matches de DNA, que costumo tratar como primos genéticos, embora possam até representar um parentesco mais próximo.

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Incrédulos

Persiste entre alguns genealogistas a ideia de que os testes genéticos não têm serventia de modo geral – ou em casos específicos, como na busca de antepassados sefarditas. É certo que os testes ainda não estão acessíveis a todos, que seus resultados variam de um laboratório para outro – e são de difícil interpretação – e que os bancos de dados dos laboratórios nem sempre têm boa abrangência de grupos étnicos relevantes, mas não se pode abrir mão dessa ferramenta na pesquisa genealógica quando ela puder ser explorada. Duas das circunstâncias em que os testes se revelam úteis são a pesquisa da composição étnica da pessoa testada e a descoberta de primos.

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