Wernecks

Aos vinte e seis dias do mês de setembro de mil setecentos e sessenta e nove anos, nesta freguesia da Sé Catedral, pelas nove horas da noite, tudo com licença de sua Exª Mmª, receberam por palavras de presente, na forma do sagrado Concílio Tridentino e constituições, presentes as duas testemunhas abaixo nomeadas e assinadas, Inácio de Souza Werneck, filho legítimo de Manuel de Azevedo Matos, e de Antônia Ribeira, já falecida, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Borda do Campo, bispado de Mariana, com Francisca da Chagas, filha legítima do ajudante Francisco das Chagas Monteiro e de Izabel Maria da Visitação, natural e batizada na freguesia de Nossa Senhora da Candelária, como tudo me consta da provisão do juiz dos casamentos o doutor Francisco Gomes Vilas Boas, e por me não constar de impedimento algum canônico e terem se confessado, lhes […] e dei as bênçãos sendo testemunhas presentes o padre Manuel Pinto da Cunha e Pedro Nolasco de Mendonça e outras muitas pessoas que presentes se acharam, de que para constar fiz este assento por mim feito e assinado. O coadjutor Manuel Ferreira Castro

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Teoria

Mantenho minha árvore familiar no MyHeritage por diversas razões, dentre elas a forma intuitiva de elaboração e apresentação das gerações, a possibilidade de inclusão de dados brutos de DNA de meus parentes testados em diferentes laboratórios e a segurança de saber que meu trabalho exaustivo de tantos anos não será deturpado por um usuário bem intencionado. Eis que o MyHeritage me surpreendeu recentemente com esta mensagem: “MyHeritage encontrou teorias que podem explicar como RC Pereira Belem e alguns de seus DNA Matches estão relacionados.”

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Felícia

Acordam o visitador do Santo Ofício, o ordinário e assessores, que vistos estes autos, por que se mostra que a ré Felícia Tourinha, que presente está, confessa que, estando presa na cadeia, fez uma sorte de uma tesoura metida em um [chapim] e chamando pelo demônio para saber se lhe havia de sair boa ou má sentença, tendo tenção que o demônio lhe faria a […] sinal, e tendo para si que o poderia saber o demônio – Respeitando-se porém que o demônio por conjecturas poderia saber se sairia boa sentença ou má. E que ela ré então era moça. [Está] tentando-se a do dito ato [só] constar por sua confissão, e do mais não haver que bastasse e a outras mais considerações pias que se tiveram. [Em] tudo […] a ré seja escusada de penitência pública e que nesta mesa faça abjuração de levi, suspeita na fé, e que por tempo de um ano se confesse e comungue de [conselho] de seu confessor nas quatro festas principais do Natal, Páscoa, Espírito Santo e de Nossa Senhora de Agosto, e nas ditas festas reze, em cada uma delas, três vezes o rosário inteiro de Nossa Senhora – e a repreendem e admoestam que se afaste de semelhantes culpas. E a condena somente em dez cruzados para as despesas do Santo Ofício. E que pague as custas. Em Olinda, dada na mesa da visitação do Santo Ofício, aos 9 de junho de junho de 1595 – Heitor Furtado de Mendonça

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