Resenha

A estreia da série A Grande Descoberta (The Breakthrough) na plataforma Netflix traz um atrativo especial para os fãs deste perfil: um dos personagens é um genealogista. A trama se desenrola a partir de um crime de duplo assassinato – de uma criança e uma idosa – que comoveu a até então pacata cidade sueca de Linköping. Encarregado de encontrar o assassino, o policial John (Peter Eggers) reúne por décadas um volume considerável de evidências, mas não chega nem perto de uma solução. Até que ele descobre que outro crime que causou comoção foi esclarecido por meio da chamada Genealogia Genética e entra em contato com o especialista Per (Mattias Nordkvist), que o ajuda a chegar ao criminoso.

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Vida

É minha opinião que a Genealogia deva ir além do inventário de nomes, datas e locais – que podemos extrair de registros paroquiais, civis e legais – para recriar a ambiência e a vida cotidiana de nossos antepassados. Reconheço que isso nem sempre seja possível, pois, à medida que retrocedemos nos séculos, fontes primárias como cartas, diários e relatos de viajantes, que nos dariam um gosto da vida passada, podem inexistir. É por isso que considero uma preciosidade a obra epistolar publicada em 1655 pelo viajante inglês Richard Flecknoe. Ela será tema do primeiro e segundo textos de uma série que publicarei aqui no blogue nas próximas semanas.

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Aposta

Suspeitar de que compartilhamos um antepassado específico com um primo genético (match) apenas porque ele tem determinado sobrenome pode ser um caminho certo para o equívoco. Recentemente tive uma experiência que parece respaldar essa afirmação quando descobri um match na plataforma Genera chamado Lucas Salles. Experiências prévias relacionadas a esse sobrenome me levaram a acreditar que ele fosse descendente de João Pinheiro de Souza (1719-1782), que foi meu sexto-avô materno. O sobrenome Salles parece ter sido adotado – por razões ainda ignoradas – na descendência desse patriarca a partir de seu neto Francisco de Salles Pinheiro e Souza e depois usado em combinações como Salles de Moraes, Salles Pinheiro de Moraes e Salles Amorim. Trata-se de uma família em que houve notável endogamia, o que aumentou a carga genética do patriarca em sua descendência, chegando até mim por minha tetravó Maria Teresa da Paz (1791-1855), que foi neta dele.

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