Diáspora

Mais de 92 milhões de pessoas (45,3% da população) entrevistadas pelos recenseadores no censo de 2022 se identificaram como pardas, reconhecendo dessa forma que descendem de povos originários – indígenas e africanos. O termo pardo originalmente dizia respeito apenas a pessoas que fossem mestiças de brancos e africanos e, se levarmos em conta que a população brasileira sempre foi majoritariamente composta de pessoas de origem africana – foram elas que movimentavam a economia colonial e imperial – , temos de admitir que o povo brasileiro descende majoritariamente de africanos escravizados e, como discuto a seguir, de diversas etnias.

(mais…)

Estimativas

Quando a árvore genealógica alcança gerações muito remotas, além dos decavôs, por exemplo, é possível que não se encontrem mais livros com registros de eventos vitais como batismos, casamentos e óbitos. Esses livros podem ter sido destruídos por incêndios ou inundações, pela ação de insetos ou pela corrosão provocada pela tinta com que se escreviam os registros. Com sorte, talvez se consigam informações em fontes secundárias como obras de pesquisadores do passado, mas talvez essas obras deixem de mencionar elementos importantes como as datas em que as pessoas nasceram, se casaram ou morreram, pelo que pode ser necessário fazer estimativas a partir de pontos de referência disponíveis. O que apresento abaixo é um exemplo de como tento elaborar essas estimativas.

(mais…)

Desfecho

Em um texto já antigo aqui no blogue apresentei o caso da busca da paternidade de meu bisavô materno Artur Rabelo Guimarães (1868-1917), cujos registros documentais informavam apenas que era “filho natural de Julinda Dias Seabra”. Mencionei naquele texto que a disparidade de sobrenomes de mãe e filho e a presença na cidade de uma família com o mesmo sobrenome de Artur indicava a possibilidade de uma perfilhação, embora até seu casamento com minha bisavó Argemira ele ainda fosse identificado como filho de pai desconhecido.

(mais…)