Atitudes

A Genealogia tem despertado grande interesse de pessoas que antes talvez nem se interessassem tanto pela história familiar. Atribuo parte desse interesse à busca por outras cidadanias que se tornou uma verdadeira febre há algumas décadas. Pessoas que chegaram à Genealogia por razão assim tão pragmática acabaram muitas vezes se apaixonando pela pesquisa e deram seguimento por conta própria ou com ajuda de grupos dedicados ao tema. Talvez nesse mesmo grupo – ou naqueles que se apaixonaram pela pesquisa da história familiar por outras razões – percebo algumas atitudes que despertam atenção e é a elas que respeitosamente dedico este texto, ainda que para alguns se sintam desapontados com o que lerão.

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Condenadas

Recentemente divulguei no Instagram a publicação de um pequeno dicionário biográfico de mulheres afrodescendentes e cristãs-novas que viviam no Rio de Janeiro no século XVIII, o qual foi compilado a partir de pesquisas de Anita Novinsky e outros estudiosos do tema. Um seguidor comentou que nunca havia ouvido falar que tais pessoas tivessem existido. Mas elas existiram e, tal como outras mulheres de origem cristã-nova, também sofreram perseguições pelo Tribunal do Santo Ofício.

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Cabo-verdiano

A identificação das origens dos antepassados que foram escravizados na África é talvez o maior desafio para a genealogia de famílias afrodescendentes no Brasil, pois, além de raramente haver registros documentais que permitam traçar essas origens, uma pessoa afrodescendente pode ter antepassados de diferentes etnias africanas. Os testes de genealogia genética – as ferramentas mais avançadas disponíveis – até parecem sinalizar a solução para esse desafio, mas eles ainda são pouco precisos e só nos resta o incansável trabalho de analisar periodicamente as correspondências (matches) com outros clientes sugeridas pelas plataformas que vendem esses testes.

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