Escórcios

A tradição (Silva Leme, Genealogia Paulistana) informa que Manoel da Luz Escórcio Drummond era natural da Ilha da Madeira e que de lá veio com “sua mulher, três filhas e um filho” para o Brasil, estabelecendo-se inicialmente em São Vicente, onde enviuvou, casou-se novamente e de lá saiu para o Rio de Janeiro com a filha Maria Escórcia e o genro João de Sousa Pereira, que passou à posteridade com a alcunha de o Botafogo. Silva Leme não menciona outros filhos de Manoel da Luz além de Maria e tampouco informa o nome de suas mulheres. Carlos Rheingantz, autor de uma obra fundamental sobre a genealogia fluminense, documentou apenas parte da descendência de Maria Escórcia e João Pereira de Sousa, sem mais detalhar o ramo familiar de Manoel da Luz. E assim esse personagem fundou um dos troncos mal documentados das genealogias paulista e fluminense.

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Quilombo

Das diversas formas de resistência empreendidas pelos africanos escravizados e seus descendentes ainda não libertos no Brasil, as fugas foram sempre as mais frequentes e ocorreram durante toda a vigência do regime escravocrata. Os aquilombamentos – do quimbundo kilombo, que significa acampamento, união – foram também muito frequentes, e os quilombos variavam em tamanho, localização e até atividade econômica a que se dedicavam, tendo havido registros de alguns que sobreviviam do aluguel de mão de obra aos fazendeiros locais. Além dessas formas de resistência muito frequentes, inúmeros escravizados urbanos processaram seus senhores nos tribunais por maus-tratos ou por descumprimento de promessas de libertação. Finalmente, houve ainda casos de escravizados que assassinaram seus senhores, pelo que se livraram dos sofrimentos das lavouras e esperavam contar com a possibilidade de perdão do imperador.

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Irineu

Tenho em minha árvore dois aparentados que demonstraram grande tino para os negócios e com os quais eu teria muito a aprender. O primeiro deles era meio-irmão de meu pai e foi em sua homenagem que recebi meu prenome. Já contei sua história aqui no blogue. O segundo é alguém mais distante em termos genealógicos, mas gosto de me referir a ele como um primo, tal como fiz com outros personagens com os quais tenho antepassados em comum.

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