Ambundo

A descoberta de meus antepassados africanos é um dos objetivos de minhas pesquisas genealógicas e também aquele no qual encontro os maiores desafios. Esses desafios se devem à já decantada falta de documentos e à dificuldade de encontrar correspondências específicas nos testes de DNA autossômico feitos por mim e por primos maternos com quem compartilho um ramo comum na ascendência do casal João Pereira Belém e Teodora Maria da Conceição. Recentemente, no entanto, os resultados de alguns desses testes, feitos com o laboratório Genera, começaram a trazer resultados interessantes, especialmente para minhas primas Regina e Simone.

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Diáspora

Mais de 92 milhões de pessoas (45,3% da população) entrevistadas pelos recenseadores no censo de 2022 se identificaram como pardas, reconhecendo dessa forma que descendem de povos originários – indígenas e africanos. O termo pardo originalmente dizia respeito apenas a pessoas que fossem mestiças de brancos e africanos e, se levarmos em conta que a população brasileira sempre foi majoritariamente composta de pessoas de origem africana – foram elas que movimentavam a economia colonial e imperial – , temos de admitir que o povo brasileiro descende majoritariamente de africanos escravizados e, como discuto a seguir, de diversas etnias.

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Cabo-verdiano

A identificação das origens dos antepassados que foram escravizados na África é talvez o maior desafio para a genealogia de famílias afrodescendentes no Brasil, pois, além de raramente haver registros documentais que permitam traçar essas origens, uma pessoa afrodescendente pode ter antepassados de diferentes etnias africanas. Os testes de genealogia genética – as ferramentas mais avançadas disponíveis – até parecem sinalizar a solução para esse desafio, mas eles ainda são pouco precisos e só nos resta o incansável trabalho de analisar periodicamente as correspondências (matches) com outros clientes sugeridas pelas plataformas que vendem esses testes.

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