Escolhas

O Brasil perdeu na semana passada a escritora, professora e imortal da Academia Brasileira de Letras Heloisa Teixeira. Nascida em 26 de julho de 1939 em Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, Heloisa por muitos anos assinou o sobrenome de seu primeiro marido, o advogado e galerista Luiz Buarque de Hollanda. Ela certamente sabia da importância que esse sobrenome carregava no Brasil e, em julho de 2023, em atitude coerente com suas décadas de pesquisas e agência no campo feminista, anunciou que passaria a assinar como Heloisa Teixeira, sobrenome de seu ramo materno. Esse fato tem relevância para uma reflexão no campo da Genealogia.

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Mutantes

Fazer pesquisa genealógica no Brasil é ter de enfrentar uma questão muito complexa: a dos sobrenomes. Se durante boa parte do século XX seguiu-se um costume de batizar os filhos legítimos com o sobrenome da mãe seguido do sobrenome paterno – houve exceções, eu sei – , a pesquisa em registros de dos séculos anteriores nos põe diante de possibilidades como filhos que na idade adulta adotavam o sobrenome da família paterna e filhas que adotavam o da família materna ou um sobrenome devocional – da Conceição, de Jesus, de São José – o que torna mais difícil a pesquisa porque este não traz nenhuma indicação dos sobrenomes familiares. Não bastasse isso tudo, havia pessoas que adotavam outro sobrenome na idade adulta e não necessariamente um que tivesse relação com os de sua família.

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