Mutantes

Fazer pesquisa genealógica no Brasil é ter de enfrentar uma questão muito complexa: a dos sobrenomes. Se durante boa parte do século XX seguiu-se um costume de batizar os filhos legítimos com o sobrenome da mãe seguido do sobrenome paterno – houve exceções, eu sei – , a pesquisa em registros de dos séculos anteriores nos põe diante de possibilidades como filhos que na idade adulta adotavam o sobrenome da família paterna e filhas que adotavam o da família materna ou um sobrenome devocional – da Conceição, de Jesus, de São José – o que torna mais difícil a pesquisa porque este não traz nenhuma indicação dos sobrenomes familiares. Não bastasse isso tudo, havia pessoas que adotavam outro sobrenome na idade adulta e não necessariamente um que tivesse relação com os de sua família.

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Erros

A leitura de assentos paroquiais costuma ser um problema para quem se inicia na pesquisa genealógica. Além de originais parcialmente devorados por insetos ou mesmo pela química da tinta que era usada e destruía o papel ou atravessava a folha, dificultando ou simplesmente impedindo a leitura do texto, havia ainda o fator da grafia antiga, que embora seja algo complexo, é passível de aprendizagem após alguma exposição ou estudo formal. E havia os erros cometidos pelos párocos e eram retificados durante o registro, o que produziu textos com riscos e rabiscos. Embora esses erros possam parecer mais um problema, vou provar que eles podem ser nossos aliados.

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Lacunas

A filiação de meu bisavô Arthur Rabello Guimarães (1868-1917) é um dos mistérios mais duradouros de meu ramo materno. Ele foi registrado como filho natural apenas de Julinda Dias Seabra e Silva (1843-1884), ela mesma filha natural de Eleutéria Rosa da Conceição. As identidades dos pais de Arthur e Julinda segue desconhecida, mas a busca incansável por documentos começou a trazer algumas novidades.

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