Falsos

Quem acompanha meus conteúdos aqui no blogue deve ter percebido que sou um entusiasta dos testes de DNA como auxiliares na pesquisa genealógica. Posso dizer que sou entusiasta e assíduo, pois fiz meu primeiro teste no escopo de um projeto da National Geographic há quase 20 anos e não parei mais. Se os custos ainda parecem altos para a maior parte das pessoas, posso atestar que eles já foram maiores e não é só isso, pois antes só eram feitos no exterior, ainda que se pudesse comprá-los no Brasil. Hoje temos empresas brasileiras que os oferecem a um valor razoável, por isso, sempre que me consultam, sugiro fazer um teste nacional e subir os dados brutos para plataformas como o GEDmatch, por exemplo, pois assim se consegue extrair o máximo valor deles.

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Loteria

Os resultados dos testes de genealogia genética deixam bem claro o quanto a herança do DNA é uma loteria. Não resta dúvida de que filhos e netos herdarão muito DNA de seus pais e avós biológicos, mas a situação começa a ficar mais imprevisível a partir dos primos de segundo grau. Não é por isso, no entanto, que primos mais distantes revelados pelos testes não devam ser considerados como possíveis fornecedores – voluntários ou não – de pistas para o desenvolvimento de nossas árvores familiares e a descoberta da filiação paterna de alguns de nossos antepassados. Tenho casos assim em minha árvore materna e só pude esclarecer alguns deles até o momento graças a meus primos WIL, REG e THAS, que tiveram o carinho de participar comigo dessas buscas pela paternidade dos n-avós, que por vezes parece infindável. Neste texto quero demonstrar o quanto foi variada a carga genética que eu e meus primos herdamos de nossos antepassados em comum e que compartilhamos com correspondências ou matches de DNA que são nossos primos distantes por descenderem desses mesmos antepassados. A proposta é demonstrar que mesmo matches com relativamente pouco DNA compartilhado têm valor na pesquisa.

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Cabo-verdiano

A identificação das origens dos antepassados que foram escravizados na África é talvez o maior desafio para a genealogia de famílias afrodescendentes no Brasil, pois, além de raramente haver registros documentais que permitam traçar essas origens, uma pessoa afrodescendente pode ter antepassados de diferentes etnias africanas. Os testes de genealogia genética – as ferramentas mais avançadas disponíveis – até parecem sinalizar a solução para esse desafio, mas eles ainda são pouco precisos e só nos resta o incansável trabalho de analisar periodicamente as correspondências (matches) com outros clientes sugeridas pelas plataformas que vendem esses testes.

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