Desafios

Embora o FamilySearch seja uma das ferramentas mais relevantes para o genealogista contemporâneo, não se pode ignorar que o uso dele apresenta alguns desafios. Alguns desses desafios dizem respeito a questões intrínsecas, ou seja, relativas ao funcionamento ou à administração/uso da ferramenta; outros, a questões extrínsecas, ou seja, relativas aos curadores dos acervos documentais. Entre as questões intrínsecas estão erros (a) de classificação de livros – p.ex. óbito onde deveria ser matrimônio – e até (b) de localização geográfica, como ocorre com o livro de batismos de 1816-1835 da freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, que foi atribuído ao Rio de Janeiro e não a Nova Iguaçu, que seria o correto. Ainda entre as questões intrínsecas estão as que se devem a (c) erros de transcrição cometidos por voluntários durante a indexação de livros paroquiais e civis, que dificultam buscas na ferramenta de Pesquisa de Registros. Finalmente, existem atualmente (d) erros cometidos pela transcrição realizada pela ferramenta de indexação por Inteligência Artificial. Nos casos (c) e (d), caberia aos usuários mais experientes corrigir de forma voluntária os conteúdos indexados incorretamente quando se deparassem com eles.

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Involuntária

Durante algum tempo acreditei que já havia encontrado muita informação sobre a vida de Maria Teresa da Paz (1791-1855), avó de meu bisavô João Pereira Belém (1848-1921), mas a pesquisa frequente e continuada quase sempre me traz novas revelações sobre os antepassados. Às vezes essas revelações surgem da descoberta de novas fontes documentais. Às vezes, surgem como resultado das pesquisas de pessoas que podem não ter a menor noção do quanto colaboraram comigo. É dessa colaboração involuntária – que me trouxe novas informações sobre Maria – que trato aqui.

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Ticares

A busca da história de nossos antepassados escravizados ainda engatinha no Brasil, mas já é bem avançada nos Estados Unidos, onde a empresa African Ancestry dedica-se à análise do DNA de seus clientes para tentar identificar a que grupos étnicos atuais poderiam estar relacionados seus antepassados capturados pelo tráfico transatlântico. Sei que ambas as avós de minha mãe eram afrodescendentes segundo resultados de testes de DNA mitocondrial meu e de uma prima dela – portanto também prima minha – feitos com a empresa FamilyTreeDNA. Theodora Maria da Conceição, a avó paterna de minha mãe, era do haplogrupo L1c1b; Argemira Pereira da Silva, sua avó materna, era do haplogrupo L1c2a3b. Mas a quais grupos étnicos esses haplogrupos poderiam corresponder?

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