Ötzi

Em 19 de setembro de 1991, um casal alemão em férias nos Alpes, entre Suíça e Itália, deparou-se com o que parecia ser um cadáver cujo tronco emergia da camada de gelo. Eles anunciaram a descoberta ao proprietário de uma estalagem, que chamou a polícia. A suposição inicial era que se tratasse da morte acidental de um montanhista ocorrido talvez há uma década, mas o que se descobriu depois foi surpreendente: o corpo descoberto teria morrido há mais de 5.000 anos e havia sido naturalmente desidratado e mumificado pelo gelo. A múmia recebeu inicialmente diversos nomes, mas, pelo fato de a descoberta ter ocorrido nos Alpes de Ötztal, ela hoje é conhecida como Ötzi.

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Escrava

É comum acreditar que famílias estabelecidas há séculos no Brasil tenham em sua composição genética elementos dos três grandes grupos formadores: o indígena, o europeu e o africano. Pelo mesmo raciocínio, isso não ocorreria em famílias estabelecidas mais recentemente, por volta do século XX, por exemplo, nas quais um desses elementos poderia existir de forma exclusiva – caso de minha família paterna. Mas a realidade é mais complexa do que pode parecer, pois esse raciocínio se baseia na crença de que os elementos indígena e africano (escravizado) estavam presentes apenas no Brasil. Como talvez você já saiba – ou deva ter deduzido – o raciocínio está equivocado e precisa ser desconstruído.

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Genoma

É interessante observar crescimento do interesse pelos testes genéticos em pessoas sem conhecimento específico na área, mas que se interessam em conhecer sua história familiar. Essas pessoas engrossam a quantidade de membros de páginas no Facebook dedicadas a esses testes. Ainda mais interessante é descobrir que essas pessoas buscam as páginas na tentativa de fazer sentido das informações que recebem das empresas que analisaram seus DNAs. Eu pergunto: mas não seria obrigação dessas empresas prover esse sentido?

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