Santo Antônio é o padroeiro de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, cidade onde minha família paterna portuguesa se estabeleceu no início do século XX e onde já vivia minha família materna. A festa em sua homenagem costumava ser um evento importante quando eu era criança, mas creio que tenha sido muito mais importante em épocas passadas.

Graças a registros do Correio da Lavoura, jornal local fundado em 1917, pude constatar que membros de minha família paterna e materna participaram da organização dessa festa. Na imagem abaixo, extraída da edição de 15 de junho de 1947, pude encontrar nomes de meu avô paterno Enéas Pereira Belém, grande amigo da família que editava o jornal, e José Macedo de Araújo, empreendedor de origem portuguesa e meio-irmão de meu pai, a quem devo meu primeiro nome.

Correio da Lavoura – 15 de junho de 1947

Segundo informações extraídas de uma carta familiar em que se narrava parte da saga de minha família portuguesa, descobri que, na década de 1930, meu tio José Macedo teria patrocinado a construção da cripta, a instalação dos anjos e do relógio na torre central da igreja matriz.

Reforma nos anos 1930 – Fonte: História de Nova Iguaçu por Robson Fernandes

Encontrar informações como essas – oriundas de publicações locais e de cartas familiares – ajuda na construção da narrativa da história familiar, cujo conhecimento é um direito de toda pessoa.


José Araújo é linguista e genealogista.


José Araújo

Genealogista