Desafio

Há alguns anos, recebi um pedido de contato a partir de um dos inúmeros grupos de Genealogia no Facebook de que participo. A pessoa interessada era uma jovem que se comunicava em inglês e relatava ter nascido no Brasil e sido adotada por um casal israelense em um caso envolvendo a venda de crianças brasileiras para casais estrangeiros na década de 1980. Agora adulta e consciente da forma como se tornou uma cidadã involuntária de outro país, ela desejava descobrir a identidade de seus pais biológicos. Infelizmente não tinha ainda experiência para ajudá-la, mas o relato me impressionou bastante. Descobri que havia inúmeras pessoas nessa condição e que elas se reuniam em comunidades do Facebook onde tentavam obter mais informações para tentar chegar à descoberta da identidade de suas famílias biológicas no Brasil.

(mais…)

Fama

Em os 14 dias do mês de maio do ano de 1626 batizei a Francisco, filho do capitão Mateus de Freitas e de sua mulher Milícia de Oliveira. Foram padrinhos [Gonçalo] Gonçalves e Maria de Moura, mulher de Pedro Martins Negrão. E teve óleos. O vigário Francisco Gomes da Rocha

(mais…)

Ética

Desde que comecei a fazer pesquisa pela história de minha família, aprendi muito sobre o fazer genealógico. Aprendi, por exemplo, que a Genealogia é uma ciência multidisciplinar, pois se vale de fontes da História, da Geografia, da Biologia (Genética) e de muitas outras áreas do conhecimento. Mas aprendi também que nem todo o conhecimento científico é suficiente para resolver os problemas que enfrentamos na pesquisa, e é por isso que outro aspecto dessa ciência se torna relevante: seu caráter colaborativo. De facto, qualquer pesquisador com alguma experiência descobre que seu progresso depende do esforço e resultado da pesquisa de terceiros. Finalmente, descobri que a pesquisa genealógica pode ser realizada com ou sem fins lucrativos, mas em todos os casos deve respeitar padrões de qualidade e princípios éticos. É destes últimos que trato aqui.

(mais…)