Factos-1

Este texto é o primeiro de uma série que vou chamar de factos da vida para o pesquisador em Genealogia. Nessa série vou retomar algumas questões que sempre geram surpresa ou abrem discussões nos fóruns públicos. Este primeiro texto da série retoma aspectos relacionados às formas de nomeação comuns no Brasil nos séculos passados. Aqui me dedico especificamente aos sobrenomes e seus usos, ao surgimento de sobrenomes inéditos na linha familiar ou supostamente inventados e à continuidade de prenomes ancestrais, que pode apresentar um importante valor preditivo à pesquisa. Usarei alguns exemplos extraídos de minha árvore familiar, mas acredito que qualquer pesquisador encontrará casos similares em sua árvore se ela alcançar, pelo menos, o século XIX.

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Onomástica

Que a onomástica portuguesa é complexa, muitos pesquisadores iniciantes já descobriram por experiência. Isso se prova pelos incontáveis exemplos de filhos que recebiam os sobrenomes de seus ramos paternos enquanto suas irmãs recebiam os dos ramos maternos. Mas até essa regra poderia variar, como ocorreu no caso de meu trisavô Pedro Gomes de Moraes, que recebeu os sobrenomes da família de sua mãe Maria Tereza da Paz, muito provavelmente pela maior importância da família dela, que pertencia à aristocracia rural sul-fluminense.

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Variações

O pesquisador afoito e inexperiente pode ter uma impressão de verdadeiro caos ao tentar fazer sentido do sistema de aplicação dos apelidos/sobrenomes em assentos paroquiais portugueses dos séculos passados. Fora a estabilidade relativa de herança por costado – filhas herdam o apelido da mãe e filhos, do pai – havia condições intervenientes que poderiam trazer mais variação ao sistema, como a recuperação de um apelido antigo em função do recebimento de uma herança em que se obrigava o herdeiro a adotar o apelido do proprietário dos bens.

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