Julinda

Aos três dias do mês de março de mil oitocentos e noventa e quatro, neste primeiro distrito do município de Iguaçu, cidade de Maxambomba, Estado do Rio de Janeiro, sendo quatro horas da tarde, na casa de residência do nubente Artur Rabelo Guimarães, presentes o cidadão Claudino José Cardoso, juiz de paz do terceiro ano, no impedimento do primeiro ano, digo, juiz de paz primeiro ano e do juiz de paz do segundo ano, comigo escrivão interino do Registro Cível, abaixo assinado e as testemunhas o capitão Augusto Monteiro Paris e o tenente Antônio dos Santos Barbosa, receberam-se em matrimônio, segundo o regime comum e o costume do Estado, Artur Rabelo Guimarães e Argemira Pereira da Silva, ele idade vinte e cinco anos, solteiro, brasileiro, filho natural de Julinda Dias Seabra, já falecida, natural e residente neste distrito; e ela idade vinte anos, solteira, brasileira, filha natural de Maria Pereira do Céu, já falecida, natural e residente neste distrito. Em firmeza do que lavrei este ato em que assinei com o juiz, sendo a rogo da nubente, por não saber ler nem escrever, o alferes Godofredo Caetano Soares e as testemunhas do casamento.

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Leocádia

Este texto dá continuidade a uma série iniciada em outro no qual justifico, com bases genéticas e documentais, minha ascendência no tenente Antônio da Silva Amaral e em sua esposa Leocádia Clara de Souza – ou em alguém diretamente relacionado a um deles pelo sangue – e que teve sequência em outro texto no qual me dediquei a esclarecer a filiação do tenente. Aqui o foco é a busca da filiação de Leocádia, de quem pouco se sabe além dos fatos de que teve com Antônio seis filhos e três filhas – das quais duas tinham nome composto contendo Clara – e de que viveu nas freguesias fluminenses de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande – como observamos a seguir no assento de batismo de seu filho Inácio – e de Santo Antônio de Jacutinga. O que se apresenta a seguir deve ser entendido como uma hipótese a respeito de sua filiação elaborada a partir da análise de alguns padrões e costumes da época.

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Tenente

Este texto dá continuidade ao anterior, no qual apresentei algumas evidências de que um de meus ramos maternos ainda sem resolução pode descender do casal Antônio da Silva Amaral e Leocádia Clara de Souza ou de alguém diretamente relacionado a eles pelo sangue. O casal parece ter vivido entre as freguesias de Nossa Senhora do Desterro (hoje o bairro carioca de Campo Grande) e de Santo Antônio de Jacutinga (hoje município fluminense de Nova Iguaçu) e teve nove filhos de que se tem conhecimento: Augusto da Silva Amaral, Bento da Silva Amaral, Gregório da Silva Amaral, Inácio da Silva Amaral, Joaquina Clara da Silva Amaral, José da Silva Amaral, Luiz da Silva Amaral, Luiza Clara da Silva Amaral e Maria da Silva Amaral. Aqui dedicarei a análise ao patriarca Antônio, que teria falecido com mais de 60 anos no dia 11 de agosto de 1874 na freguesia de Jacutinga, como vemos no assento abaixo e lemos na transcrição seguinte.

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