Fugitivos

Após a chegada de Cabral às terras baianas, Portugal não iniciou de imediato uma ocupação maciça delas porque seria custoso e porque nelas não foram encontrados metais preciosos que justificassem o investimento – no que a coroa espanhola teve mais sorte nas terras por ela dominadas seis anos antes. Mas a ocupação do Brasil acabou sendo inevitável frente à cobiça das outras coroas europeias. Para evitar a perda do território, Portugal iniciou uma ocupação mercantil baseada no plantio da cana após a divisão do território em largas extensões que iniciavam no litoral e seguiam até os limites do Tratado de Tordesilhas no interior. Essas extensões de terra seriam administradas por capitães donatários que tinham enormes responsabilidades, mas parcas condições de manter o regime funcionando com lucro para a coroa. Diante das dificuldades por eles encontradas, a coroa portuguesa decidiu sediar um governo central na colônia, e o primeiro governador-geral foi o fidalgo Tomé de Souza, que construiu a primeira capital do Brasil – a cidade de Salvador – na capitania da Bahia de Todos os Santos. A ele se seguiram no governo da terra Duarte da Costa e Mem de Sá. Este último foi o responsável pela expulsão dos franceses que haviam conquistado a Baía de Guanabara em 1555. Ele nos interessa de perto para o que vou relatar.

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Forros

Em texto anterior falei sobre a importância dos processos matrimoniais, que podem trazer informações valiosas sobre os ramos familiares mais antigos, dos quais provavelmente não reste memória entre parentes vivos e talvez nem mesmo restem livros que possam ser pesquisados nas paróquias ou no FamilySearch. Encontrar um desses processos pode também depender de sorte e só posso usar essa palavra para relatar a alegria que tive por encontrar o que apresento a seguir: o processo pelo qual se casaram meus hexavós maternos Manoel Veloso de Carvalho e Fermiana Maria Xavier. Falei deles no texto anterior, portanto este texto é a continuação que prometi lá.

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