Colaboração

A Genealogia é uma ciência colaborativa e deveria ser sempre assim, pois a pesquisa feita por um genealogista sempre alimenta a pesquisa dos que virão depois dele. Para entender essa verdade, basta pensar na importância que tiveram grandes mestres como Rheingantz e Silva Leme, que, se tivessem apenas guardado suas anotações, não nos teriam legado as obras monumentais que até hoje orientam nossas pesquisas. Essas obras sempre poderão ser aperfeiçoadas e ampliadas, mas a contribuição que elas já nos dão é incontestável. Para além da publicação dos resultados das pesquisas em obras e artigos de revistas temáticas, há que se falar também na ajuda que um genealogista dá aos seus pares e que já tive a possibilidade de experimentar algumas vezes.

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Seabras

Minha trisavó Julinda Dias Seabra (1843-1884) foi identificada nos documentos da Igreja apenas como filha natural de Eleutéria Rosa da Conceição, mas carregava um sobrenome composto que parecia denunciar a identidade de outra família, talvez a de seu pai biológico. Com auxílio de minha prima e genealogista Cassia Carauta, foi reconhecida a presença de um cidadão português chamado Pedro Dias de Seabra na mesma freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, onde Julinda nasceu, teve dois filhos e faleceu.

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Inconstância

No passado, os sobrenomes eram escolhidos no crisma, quando a pessoa completava 14 ou 15 anos. Até esse momento, ela poderia responder apenas pelo nome recebido no ato de seu batismo. Mas se engana quem acredita que a escolha do sobrenome na adolescência pacificava a questão da identificação social e oficial na cultura luso-brasileira. Descrevo aqui alguns casos que demonstram como a pesquisa contemporânea se torna complexa pelas escolhas aparentemente aleatórias feitas por nossos antepassados até o século XIX.

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