Sanches

Em texto anterior, tratei da apresentação das famílias nas quais poderiam ser identificados candidatos viáveis para responder pela paternidade de minha sexta-avó Firmiana Maria Xavier, filha de Ana Maria Xavier, mulher solteira identificada como parda livre. Ao fim da análise, em que explorei principalmente as identidades dos padrinhos de batismo de Firmiana, sugeri que o pai dela poderia pertencer a uma de duas famílias de senhores de engenho na freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, Rio de Janeiro, no século XVIII: a dos Correa Vasques, sobre a qual tratei naquele texto; ou a dos Sanches de Castilho, sobre a qual trato neste texto.

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Vasques

Aos vinte três dias do mês de janeiro de mil setecentos e setenta e seis anos, nesta freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, batizei e pus os santos óleos a Firmiana, filha de Ana, parda livre, solteira, nascida a quinze do dito mês. Foram padrinhos o capitão Manoel Correa Vasques e Dona Inácia Francisca, solteira, filha de D. Inácia Maria Tavares, viúva desta freguesia. De que para constar fiz este assento. O Vigário Luiz Inácio de Pina.

Já devo ter afirmado aqui algumas vezes sobre a importância de levar em consideração os padrinhos de batismo e as testemunhas de casamento na pesquisa genealógica. Essas pessoas frequentemente eram parentes das crianças batizadas e dos noivos ou ao menos pessoas de relacionamento próximo. Em casos como o de minha sexta-avó Firmiana Maria Xavier, em cujo assento de batismo não consta o nome paterno, a identificação dos padrinhos talvez possa trazer pistas sobre a identidade de seu pai. Mas vamos antes saber mais sobre essa essa minha ascendente a antes de avançar na investigação sobre sua filiação.

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Julinda

Aos três dias do mês de março de mil oitocentos e noventa e quatro, neste primeiro distrito do município de Iguaçu, cidade de Maxambomba, Estado do Rio de Janeiro, sendo quatro horas da tarde, na casa de residência do nubente Artur Rabelo Guimarães, presentes o cidadão Claudino José Cardoso, juiz de paz do terceiro ano, no impedimento do primeiro ano, digo, juiz de paz primeiro ano e do juiz de paz do segundo ano, comigo escrivão interino do Registro Cível, abaixo assinado e as testemunhas o capitão Augusto Monteiro Paris e o tenente Antônio dos Santos Barbosa, receberam-se em matrimônio, segundo o regime comum e o costume do Estado, Artur Rabelo Guimarães e Argemira Pereira da Silva, ele idade vinte e cinco anos, solteiro, brasileiro, filho natural de Julinda Dias Seabra, já falecida, natural e residente neste distrito; e ela idade vinte anos, solteira, brasileira, filha natural de Maria Pereira do Céu, já falecida, natural e residente neste distrito. Em firmeza do que lavrei este ato em que assinei com o juiz, sendo a rogo da nubente, por não saber ler nem escrever, o alferes Godofredo Caetano Soares e as testemunhas do casamento.

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