Meio

Na vigência do regime escravocrata, antes das Leis do Ventre Livre e dos Sexagenários, receber ou conquistar a liberdade era algo que poderia depender de onde viviam os escravizados. Aqueles que viviam em regiões agrícolas normalmente obtinham a liberdade pela decisão de seus proprietários – que costumavam deixavam sua vontade expressa em testamento – ou pela simples fuga do cativeiro. Já os escravizados urbanos, especialmente as mulheres que trabalhavam no comércio, tinham mais oportunidades. Mediante acúmulo de parte dos resultados de suas vendas, elas poderiam reunir valor suficiente para ressarcir seus proprietários pelo valor que pagaram por elas e assim compravam sua liberdade e às vezes também as de parentes muito próximos, quase sempre de suas mães e filhos.

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Esmeralda

Aos dois de novembro de mil novecentos e três, nesta matriz de Jacutinga, batizei e pus os santos óleos à Ismeralda (sic), nascida a vinte e três de agosto do corrente ano, filha de João Belém e de Theodora Maria da Conceição, ligados só civilmente. Foram padrinhos Álvaro Vieira de Moura Sá e D. Bralia Olympia de Moura Sá.

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Padrões

Na pesquisa genealógica, é comum encontrar padrões em conjuntos de documentos que parecem apontar um parentesco entre as pessoas envolvidas. Esses padrões podem surgir, por exemplo, nos nomes dos padrinhos de batismo dos filhos de um casal. Assim foi com meus tios-avós maternos cujos assentos batismais foram encontrados. Em dois casos, pude observar algo que parecia apontar um padrão: ao menos um dos padrinhos parecia ter relação com determinada figura de poder da região onde viveram meus bisavós João Pereira Belém e Theodora Maria da Conceição – a freguesia de Bananal de Itaguaí, hoje Seropédica, no Rio de Janeiro.

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