Amante

Todos os meus bisavós maternos aparecem nos documentos como filhos naturais de suas mães, algo que não era incomum nos séculos passados. Em ao menos dois casos consegui esclarecer as filiações: a de Artur Rabelo Guimarães, pai de minha avó materna; e a de João Pereira Belém, pai de meu avô materno. Ambos os casos exigiram análises de várias fontes documentais – assentos paroquiais, inventários, notícias de jornal – e de correspondências de testes de DNA autossômico feitos por mim e por primos maternos. O caso de Artur, como já comentei e voltarei a comentar em um próximo texto, foi facilitado pelo facto de ele ter um sobrenome composto distinto do de sua mãe e idêntico ao de uma família portuguesa que vivia na mesma cidade.

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Censo

O resultado do último censo, realizado em 2022, apresenta alguns factos interessantes, como o aumento na proporção de pessoas que se autodeclararam pretas e amarelas e, em especial, o aumento absoluto da população que se autodeclara parda – 45,3%. Historicamente falando, desde os tempos coloniais o povo brasileiro foi mestiço e entre os séculos XVI e XIX houve superioridade numérica de pessoas de origem africana – pretas – e seus descendentes diretos. Sempre existiu, no entanto, o conceito de pardo, mas seu sentido mudou, e poucos brasileiros sabem disso.

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Pioneiras

Este dicionário biográfico traz informações a respeito das vidas de mulheres que viveram na cidade do Rio de Janeiro entre 1567 e 1600. Esse recorte temporal demarca o período em que chegaram às terras cariocas os primeiros europeus e brasileiros – naturais de outras capitanias – acompanhados de suas mulheres, filhos e criados com o propósito de colonizar as terras fluminenses até então habitadas por milhares de indígenas.

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