Forros

Em texto anterior falei sobre a importância dos processos matrimoniais, que podem trazer informações valiosas sobre os ramos familiares mais antigos, dos quais provavelmente não reste memória entre parentes vivos e talvez nem mesmo restem livros que possam ser pesquisados nas paróquias ou no FamilySearch. Encontrar um desses processos pode também depender de sorte e só posso usar essa palavra para relatar a alegria que tive por encontrar o que apresento a seguir: o processo pelo qual se casaram meus hexavós maternos Manoel Veloso de Carvalho e Firmiana Maria Xavier. Falei deles no texto anterior, portanto este texto é a continuação que prometi lá.

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Forra

Embora o tráfico intercontinental de africanos escravizados para o Brasil já estivesse proibido em 1850, a atividade continuou a ser praticada ainda por mais de duas décadas por conta dos vultosos lucros que gerava para os traficantes e comerciantes brasileiros. Apenas a partir dos anos de 1880 o cenário começou a mudar por conta do crescente número de alforrias concedidas aos escravizados ou compradas por eles – em especial pelas mulheres escravizadas em atividades urbanas. Somadas às inúmeras fugas e revoltas dos escravizados, as alforrias contribuíram para o declínio da escravidão, o que nos permite concluir que a tão exaltada Abolição, em maio 1889, apenas documentou um facto consumado.

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