Suposições
Tenho estudado a descendência do cristão-novo Duarte Nunes faz algum tempo. Por depoimentos prestados ao visitador Heitor Furtado de Mendonça, na primeira visitação do Santo Ofício à Bahia, sabe-se que ao menos ele, seu filho Domingos Nunes (Sardinha) e seu genro Pero Neto viviam em Porto Seguro nos idos de 1580 quando se envolveram em atritos com o pároco local. Na década seguinte, esses três personagens – e certamente outros parentes – já se encontravam no Rio de Janeiro, onde não apenas conseguiram terras, mas também tiveram grande descendência, a qual ficou livre de problemas com a Igreja durante bastante tempo. Muito do que pude descobrir sobre Duarte foi resultado da análise tanto dos depoimentos prestados ao visitador, quanto de registros paroquiais e de terras, de obras de grandes genealogistas como Rheingantz e Belchior e, finalmente, da observação dos usos e costumes dos cristãos-novos portugueses, tais como os casamentos endogâmicos e a escolha de nomes de batismo dos filhos em homenagem a avós e tios.
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