Post-mortem

Diversas postagens aqui no blogue dizem respeito a um dos ramos de minha árvore que ainda apresenta lacunas. Isso ocorre pelo facto de meu bisavô materno João Pereira Belém (1854-1921) carregar o sobrenome composto de uma família poderosa de Bananal de Itaguaí, hoje Seropédica, Rio de Janeiro. Por meio de evidências documentais e genéticas, sei que João tinha, em seu ramo paterno, um antepassado europeu, muito provavelmente oriundo de Portugal, embora não se saiba se esse antepassado era seu pai ou avô. O problema está na constatação de que todos os filhos de João foram registrados como pardos, o que sugere uma origem africana ainda não identificada.

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Perfilhados

Inventários post-mortem são fontes preciosas de informação sobre a história familiar e para a genealogia que, infelizmente, não estão ao alcance dos pesquisadores da mesma forma que estão os assentos paroquiais e as certidões de nascimento, casamento e óbito. O acesso aos inventários exige o contato com os arquivos judiciários locais para pesquisa dos documentos disponíveis e agendamento para sua leitura e registro fotográfico in loco quando suas condições físicas o permitem. É por meio de alguns dos inventários de duas famílias de Bananal de Itaguaí, hoje Seropédica, Rio de Janeiro, que tenho tentado encontrar explicações para o facto de meu bisavó materno João Pereira Belém carregar o sobrenome composto de uma família de fazendeiros e proprietários de escravos, embora ele mesmo pudesse descender de pessoas escravizadas.

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