Enigma

A partir das seguintes pistas, descubra quem pode ter sido o pai da jovem Firmiana Maria Xavier, parda, forra (liberta), batizada em 15 de janeiro de 1776 na freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, Rio de Janeiro, filha natural de Ana Maria Xavier, também parda e forra. Pessoas pardas eram filhas de mulheres de ascendência africana e homens brancos. Esses homens frequentemente eram filhos de senhores de escravizados.

Esse foi o comando que forneci à ferramenta de Inteligência Artificial ChatGPT para descobrir de que forma ele resolveria o enigma da paternidade de minha sexta-avó Firmiana Maria Xavier, que poderia ser filha de um homem pertencente a uma de duas famílias brancas – à dos Correa Vasques ou à dos Sanches de Castilho – que representavam o poder colonial lusitano na freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, recôncavo da Guanabara, na segunda metade do século XVIII.

(mais…)

Cenário

Crie uma imagem para um post quadrado do Instagram exibindo a cena dentro de uma igreja do século XVIII no Brasil em que haja um homem maduro, capitão; uma jovem de cerca de 20 anos, a madrinha; um bebê do sexo feminino que está para ser batizado; a mãe do bebê, uma mulher parda e jovem, de ascendência africana; e o pároco. O clima é de tensão, pois a identidade do pai é supostamente conhecida dos padrinhos, mas não do pároco.

Esse foi o comando que forneci ao ChatGPT na tentativa de descobrir se ele seria capaz de elaborar um cenário completo para representar um evento de minha genealogia materna – o batismo de minha sexta-avó Firmiana Maria Xavier na freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, recôncavo da Guanabara, na segunda metade do século XVIII. Firmiana foi identificada em documentos posteriores como parda forra e filha da também parda forra Ana Maria Xavier. Os padrinhos de batismo dessa minha ascendente foram pessoas representantes de duas famílias da elite colonial naquela freguesia – o padrinho Manoel pertencia à família dos Correa Vasques e a madrinha Inácia Francisca pertencia à família dos Sanches de Castilho – , por isso suspeito que o pai dela pertencesse a uma dessas famílias.

(mais…)

Vasques

Aos vinte três dias do mês de janeiro de mil setecentos e setenta e seis anos, nesta freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, batizei e pus os santos óleos a Firmiana, filha de Ana, parda livre, solteira, nascida a quinze do dito mês. Foram padrinhos o capitão Manoel Correa Vasques e Dona Inácia Francisca, solteira, filha de D. Inácia Maria Tavares, viúva desta freguesia. De que para constar fiz este assento. O Vigário Luiz Inácio de Pina.

Já devo ter afirmado aqui algumas vezes sobre a importância de levar em consideração os padrinhos de batismo e as testemunhas de casamento na pesquisa genealógica. Essas pessoas frequentemente eram parentes das crianças batizadas e dos noivos ou ao menos pessoas de relacionamento próximo. Em casos como o de minha sexta-avó Firmiana Maria Xavier, em cujo assento de batismo não consta o nome paterno, a identificação dos padrinhos talvez possa trazer pistas sobre a identidade de seu pai. Mas vamos antes saber mais sobre essa essa minha ascendente a antes de avançar na investigação sobre sua filiação.

(mais…)