Tibiriçá

Em sua coluna na Folha de S. Paulo, publicada em novembro de 2024, o jornalista Vicente Vilardaga afirmou que “não existiu um homem mais poderoso no planalto de Piratininga em meados do século XVI do que o cacique Tibiriçá”. E acrescentou: foi “graças a ele que os jesuítas conseguiram se instalar no Pátio do Colégio, que daria origem à vila de São Paulo […].” Além de aliado dos colonizadores, Tibiriçá foi sogro do enigmático e longevo português João Ramalho, que já vivia nas terras paulistas antes de 1534, em união com Bartira, filha do cacique. Por seu valor estratégico para os colonizadores, Tibiriçá foi batizado com o nome Martim Afonso – o mesmo do fundador da vila de São Vicente – e, séculos mais tarde, reverenciado como patriarca do povo paulista. Mas afinal, quem foi ele?

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Longevos

… mas antigamente as pessoas viviam menos, morriam cedo.

Quando ouvi essa afirmativa de uma amiga psicóloga, imediatamente varri a memória sobre os já então incontáveis antepassados que havia conseguido incorporar à minha árvore familiar e dei uma resposta igualmente afirmativa: “Isso não é verdade e posso comprovar com dados de minha pesquisa”. De fato, já entre meus tios maternos e paternos, nascidos nas primeiras décadas do século XX, encontrei poucos que tiveram vida curta. Minhas tias maternas viveram bem mais que seus irmãos e maridos e faleceram na casa dos oitenta.

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Guarapiranga

O arraial de Nossa Senhora da Conceição do Guarapiranga foi fundado em 1704 a partir do povoamento que, segundo alguns historiadores, surgiu em 1691 às margens do Rio Piranga na região das Minas Gerais. A primeira capela para o culto da Virgem Maria teria sido inaugurada nessas terras em dezembro de 1695. A Paróquia que a substituiu foi consagrada em 16 de fevereiro de 1718, sendo uma das cinco mais antigas do estado. A história desse arraial, que está relacionado a um ramo de minha família materna, está também relacionada ao ciclo do ouro, que moveu enormes levas de portugueses e brasileiros para a região na primeira metade do século XVIII. Entre os brasileiros havia grande participação dos paulistas, descendentes dos sertanistas que ficaram conhecidos como bandeirantes.

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