Triangulando

Desde que fiz um teste de DNA autossômico pelo FTDNA venho acompanhando as correspondências genéticas (matches) em busca do que possam me revelar sobre meus antepassados e, especialmente, sobre os antepassados cujos ramos específicos se encontravam incompletos pela existência de filhos naturais apenas de suas mães. Alguns desses matches eu tenho seguido bem de perto, pois eles também surgiram para meus primos, cujos testes foram realizados depois do meu. Em um caso específico, cheguei a manter breve conversa com o match de sobrenome FA, que gerenciava seu teste próprio e os de seu pai e tio paterno, todos eles em comum comigo e minha prima materna Regina. Embora a conversa não tenha surtido o efeito que eu esperava, eu já sabia por qual de meus ramos familiares se dava o parentesco. A situação permaneceu inalterada até que…

(mais…)

Loteria

Os resultados dos testes de genealogia genética deixam bem claro o quanto a herança do DNA é uma loteria. Não resta dúvida de que filhos e netos herdarão muito DNA de seus pais e avós biológicos, mas a situação começa a ficar mais imprevisível a partir dos primos de segundo grau. Não é por isso, no entanto, que primos mais distantes revelados pelos testes não devam ser considerados como possíveis fornecedores – voluntários ou não – de pistas para o desenvolvimento de nossas árvores familiares e a descoberta da filiação paterna de alguns de nossos antepassados. Tenho casos assim em minha árvore materna e só pude esclarecer alguns deles até o momento graças a meus primos WIL, REG e THAS, que tiveram o carinho de participar comigo dessas buscas pela paternidade dos n-avós, que por vezes parece infindável. Neste texto quero demonstrar o quanto foi variada a carga genética que eu e meus primos herdamos de nossos antepassados em comum e que compartilhamos com correspondências ou matches de DNA que são nossos primos distantes por descenderem desses mesmos antepassados. A proposta é demonstrar que mesmo matches com relativamente pouco DNA compartilhado têm valor na pesquisa.

(mais…)

Reflexão

Existem em minha árvore vários ramos maternos ainda pendentes de esclarecimento pela existência de filhos naturais de quem se conhecem apenas as mães. Um desses casos eu acredito ter esclarecido recentemente pela revelação da paternidade de meu bisavô Artur Rabelo Guimarães no cidadão português Antônio Rabelo Guimarães (1846-1888), natural da freguesia de Queimadela, no município de Fafe em Braga. Ao mesmo tempo, a mãe de Artur segue sendo uma mulher de paternidade desconhecida, assim como persiste o desconhecimento sobre a identidade do pai de Argemira, minha bisavó, esposa de Artur. Algo parecido ocorre no ramo de meu avô materno: seu pai João Pereira Belém era filho de Pedro Gomes de Moraes e uma mulher chamada Joaquina, com quem Pedro nunca se casou e cuja filiação completa é um enigma. João Pereira Belém se casou com Teodora Maria da Conceição, filha de Felipe Rangel e uma mulher que ora surge como Maria Laurinda (ou Lucinda ou ainda Leonarda) da Misericórdia e ora surge como Maria Gaspar, ambos de filiação ignorada. Faltam livros paroquiais da freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, no Rio de Janeiro, onde essas pessoas viveram, pelo que tento recorrer aos testes de DNA autossômico para esclarecer essas filiações e continuar a construir minha árvore. Este texto traz uma reflexão a partir do que sei dos documentos disponíveis e do que o DNA me revelou até o momento.

(mais…)