Afro

No texto anterior, demonstrei que os documentos produzidos em cartórios podem conter erros factuais. No caso apresentado naquele texto, o erro estava na data do óbito de meu bisavô materno João Pereira Belém e foi descoberto porque havia registros da imprensa local, mais próximos dos factos, que permitiram conhecer a data correta. Casos assim não são incomuns na pesquisa genealógica, mas parecem ocorrer com alguma frequência quando há antepassados mais remotos que descendam de pessoas escravizadas – pelo menos é o que percebo de minha própria pesquisa familiar.

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Temporã

A pesquisa genealógica ajudou-me a desconstruir três ideias equivocadas que eu tinha a respeito da relação entre idade, costumes e saúde reprodutiva: (1) que as pessoas viviam menos até o século XX, (2) que as pessoas casavam-se muito cedo nos séculos passados e (3) que as mulheres não tinham filhos depois dos 40 anos. Em minha árvore familiar tenho evidências objetivas de antepassados que morreram com mais de 70 anos, de incontáveis casais que se casaram com idades não muito diferentes do costume contemporâneo e de mulheres que tiveram filhos com idades que ainda hoje seriam consideradas arriscadas. Aqui apresento o caso da gravidez tardia de minha bisavó materna.

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Serviçal

A quantidade de informação registrada pelos párocos nos assentos variou pelos séculos, tendendo a aumentar desde o século XVI até o XIX. Assim é que, no século XVI, os assentos batismais poderiam nem informar os nomes dos avós do batizado, enquanto no século XIX informavam os nomes dos avós e até as ocupações dos pais da criança.

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