Amante

Todos os meus bisavós maternos aparecem nos documentos como filhos naturais de suas mães, algo que não era incomum nos séculos passados. Em ao menos dois casos consegui esclarecer as filiações: a de Artur Rabelo Guimarães, pai de minha avó materna; e a de João Pereira Belém, pai de meu avô materno. Ambos os casos exigiram análises de várias fontes documentais – assentos paroquiais, inventários, notícias de jornal – e de correspondências de testes de DNA autossômico feitos por mim e por primos maternos. O caso de Artur, como já comentei e voltarei a comentar em um próximo texto, foi facilitado pelo facto de ele ter um sobrenome composto distinto do de sua mãe e idêntico ao de uma família portuguesa que vivia na mesma cidade.

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Desafio

Há alguns anos, recebi um pedido de contato a partir de um dos inúmeros grupos de Genealogia no Facebook de que participo. A pessoa interessada era uma jovem que se comunicava em inglês e relatava ter nascido no Brasil e sido adotada por um casal israelense em um caso envolvendo a venda de crianças brasileiras para casais estrangeiros na década de 1980. Agora adulta e consciente da forma como se tornou uma cidadã involuntária de outro país, ela desejava descobrir a identidade de seus pais biológicos. Infelizmente não tinha ainda experiência para ajudá-la, mas o relato me impressionou bastante. Descobri que havia inúmeras pessoas nessa condição e que elas se reuniam em comunidades do Facebook onde tentavam obter mais informações para tentar chegar à descoberta da identidade de suas famílias biológicas no Brasil.

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Bisas

Quando as pistas documentais se tornam menos informativas – ou até escassas – e não existem mais parentes vivos que se lembrem de factos que permitam elucidar a história familiar, talvez os testes genéticos possam vir ao nosso auxílio. Meu ramo familiar paterno é português e bem documentado em ambos os costados – avô e avó – até o século XVII. O mesmo não ocorre com meu ramo familiar materno, pois meus quatro bisavós eram filhos de pais desconhecidos. Essa situação persistiu até que consegui elucidar a paternidade de um de meus bisavôs – João Pereira Belém, pai de meu avô Enéas – em caso já descrito aqui no blogue e cuja ratificação ocorreu por meio de testes genéticos feitos por mim e por quatro de meus primos maternos – leia aqui e aqui.

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