Endogamia

Os escravos preferiam unir-se com companheiras da mesma origem étnica. Chama-se a esse fenômeno endogamia. | Mary Del Priore – Histórias da Gente Brasileira – Volume 1

A endogamia nada mais é do que o casamento entre iguais, seja a igualdade definida em termos étnicos, religiosos ou financeiros. O fenômeno não estava restrito aos escravos africanos e mesmo entre eles não se sustentou quando o tráfico escravagista se intensificou no século XIX, como afirma Mary Del Priore na obra citada.

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Casamento

… [o sacramento do matrimônio] se consolidou apenas no século XIII. A partir do Concílio de Trento, em 1545, a Igreja desenvolveu uma doutrina em torno do matrimônio, estabelecendo, inclusive, a necessidade do consentimento dos cônjuges e de seus pais, encarregados de proverem dotes ao casal. | Mary Del Priore – Histórias da Gente Brasileira – Volume 1

Embora fosse considerado uma necessidade para a coabitação entre homem e mulher e o reconhecimento da legitimidade da prole, nem sempre o casamento era uma possibilidade, pois os custos envolvidos eram altos. As taxas que a igreja cobrava pela burocracia matrimonial (banhos e dispensas de consanguinidade) estavam além das posses da maioria da população. Não era, por isso, incomum que os casais vivessem amancebados ou, com a vigência do código civil, casados apenas pelo civil. Muitos ainda protelavam o casamento até os 25 ou 27 anos em regiões como Trás-os-Montes. No sul, ao contrário, casava-se mais cedo, antes dos 24 anos.

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Paternidade

Existe em minha árvore familiar, no lado materno, um enigma ainda por resolver: meu bisavô chamava-se Arthur e era filho natural de Julinda Dias Seabra (1843-1884). Até este ponto, eu estava conformado, pois isso significava que Julinda não era casada com o pai de Arthur quando ele nasceu. Essa informação é encontrada no assento de casamento de Arthur com minha bisavó Algemira, como se vê abaixo.

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