Escrava

É comum acreditar que famílias estabelecidas há séculos no Brasil tenham em sua composição genética elementos dos três grandes grupos formadores: o indígena, o europeu e o africano. Pelo mesmo raciocínio, isso não ocorreria em famílias estabelecidas mais recentemente, por volta do século XX, por exemplo, nas quais um desses elementos poderia existir de forma exclusiva – caso de minha família paterna. Mas a realidade é mais complexa do que pode parecer, pois esse raciocínio se baseia na crença de que os elementos indígena e africano (escravizado) estavam presentes apenas no Brasil. Como talvez você já saiba – ou deva ter deduzido – o raciocínio está equivocado e precisa ser desconstruído.

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Polícia

Meu avô Antônio Maria Pinto de Araújo teve dois casamentos. Sou neto de Josefa, com quem ele se casou aos 50 anos, em 1918, depois um breve período de viuvez decorrente da perda de sua primeira esposa Luiza de Macedo, com quem ele chegou no Porto de Santos, São Paulo, em 14 de abril de 1905, trazendo os sete filhos que tiveram em Portugal. Quando meu avô chegou, aqui já se encontravam seus cunhados Vasco e Maximiano de Macedo, irmãos de Luiza.

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