Sangue

“[…] a Inquisição portuguesa considerava que as famílias cristãs-novas continuavam a transmitir o judaísmo pelo sangue às gerações pós-conversão forçada (1497), não havendo, portanto, chance alguma de um cristão-novo ser um fiel observante da lei de Jesus. Assim, não haveria confissão de fé católica aceita pelo Santo Ofício.” _ Susana Maria de Sousa Santos Severs. Cristãos-novos na Bahia colonial. In: CENTRO DE HISTÓRIA E CULTURA JUDAICA. História dos Cristãos-novos no Brasil. 1ª edição. Editora Jaguatirica, 2017, pp. 57-76

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Mina

A série Origens do Ecoa-UOL promove o resgate “histórico da construção de identidade de pessoas negras” e, por ocasião da Copa do Mundo de Futebol de 2022, lançou um especial com entrevistas de ex-jogadores que disputaram a Copa do Mundo e aceitaram participar de um teste de genealogia genética para explorar sua ancestralidade. Neste texto abordo especificamente a entrevista do capitão Marcos Evangelista de Morais, que os brasileiros conhecem como Cafu, que tem no currículo os feitos notáveis de ter sido o jogador com mais partidas pela seleção (142 jogos), o que mais disputou partidas do mundial (20 jogos) e o único no planeta a jogar três finais seguidas, das quais venceu a de 1994 e a de 2002.

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Donatário

A quantos esta minha Carta vierem faço saber que no livro dos Registros dos Ofícios, Padrões e Doações do ano de mil quinhentos e trinta e quatro, que está em minha Chancelaria, é escrita e registrada uma Doação que o teor tal é: Considerando eu quanto o serviço de Deus e meu proveito e bem dos meus Reinos e Senhorios e dos naturais e súditos deles, é ser a minha terra e Costa do Brasil mais povoada do que até agora foi, assim para se nela haver de celebrar o Culto e Ofícios Divinos e se exaltar a nossa Santa Fé Católica, com o trazer e provocar e ela os naturais da dita terra, infiéis e idólatras, como pelo muito proveito que se seguirá a meus Reinos e Senhorios, e aos naturais e súditos deles se a dita terra se povoar e aproveitar, houve por bem de mandar repartir e ordenar para delas prover aquelas pessoas que me bem parecer, pelo que havendo eu respeito aos muitos serviços que tenho recebido e ao diante espero receber de Pero do Campo Tourinho, e por folgar de lhe fazer mercê de minha própria vontade, pelo meu poder Real e absoluto, sem mo ele pedir, nem outrem por ele, hei por bem e me apraz de lhe fazer, como de feito por esta presente Carta faço mercê e irrevogável doação entre vivos, valedora deste dia para todo o sempre, de juro e herdade, para ele e todos seus filhos, netos e herdeiros e sucessores que após ele vierem, de 50 léguas de terra na dita Costa do Brasil.

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