Desafios

Embora o FamilySearch seja uma das ferramentas mais relevantes para o genealogista contemporâneo, não se pode ignorar que o uso dele apresenta alguns desafios. Alguns desses desafios dizem respeito a questões intrínsecas, ou seja, relativas ao funcionamento ou à administração/uso da ferramenta; outros, a questões extrínsecas, ou seja, relativas aos curadores dos acervos documentais. Entre as questões intrínsecas estão erros (a) de classificação de livros – p.ex. óbito onde deveria ser matrimônio – e até (b) de localização geográfica, como ocorre com o livro de batismos de 1816-1835 da freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, que foi atribuído ao Rio de Janeiro e não a Nova Iguaçu, que seria o correto. Ainda entre as questões intrínsecas estão as que se devem a (c) erros de transcrição cometidos por voluntários durante a indexação de livros paroquiais e civis, que dificultam buscas na ferramenta de Pesquisa de Registros. Finalmente, existem atualmente (d) erros cometidos pela transcrição realizada pela ferramenta de indexação por Inteligência Artificial. Nos casos (c) e (d), caberia aos usuários mais experientes corrigir de forma voluntária os conteúdos indexados incorretamente quando se deparassem com eles.

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Censo

O resultado do último censo, realizado em 2022, apresenta alguns factos interessantes, como o aumento na proporção de pessoas que se autodeclararam pretas e amarelas e, em especial, o aumento absoluto da população que se autodeclara parda – 45,3%. Historicamente falando, desde os tempos coloniais o povo brasileiro foi mestiço e entre os séculos XVI e XIX houve superioridade numérica de pessoas de origem africana – pretas – e seus descendentes diretos. Sempre existiu, no entanto, o conceito de pardo, mas seu sentido mudou, e poucos brasileiros sabem disso.

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Atitudes

A Genealogia tem despertado grande interesse de pessoas que antes talvez nem se interessassem tanto pela história familiar. Atribuo parte desse interesse à busca por outras cidadanias que se tornou uma verdadeira febre há algumas décadas. Pessoas que chegaram à Genealogia por razão assim tão pragmática acabaram muitas vezes se apaixonando pela pesquisa e deram seguimento por conta própria ou com ajuda de grupos dedicados ao tema. Talvez nesse mesmo grupo – ou naqueles que se apaixonaram pela pesquisa da história familiar por outras razões – percebo algumas atitudes que despertam atenção e é a elas que respeitosamente dedico este texto, ainda que para alguns se sintam desapontados com o que lerão.

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