Condenadas

Recentemente divulguei no Instagram a publicação de um pequeno dicionário biográfico de mulheres afrodescendentes e cristãs-novas que viviam no Rio de Janeiro no século XVIII, o qual foi compilado a partir de pesquisas de Anita Novinsky e outros estudiosos do tema. Um seguidor comentou que nunca havia ouvido falar que tais pessoas tivessem existido. Mas elas existiram e, tal como outras mulheres de origem cristã-nova, também sofreram perseguições pelo Tribunal do Santo Ofício.

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Cabo-verdiano

A identificação das origens dos antepassados que foram escravizados na África é talvez o maior desafio para a genealogia de famílias afrodescendentes no Brasil, pois, além de raramente haver registros documentais que permitam traçar essas origens, uma pessoa afrodescendente pode ter antepassados de diferentes etnias africanas. Os testes de genealogia genética – as ferramentas mais avançadas disponíveis – até parecem sinalizar a solução para esse desafio, mas eles ainda são pouco precisos e só nos resta o incansável trabalho de analisar periodicamente as correspondências (matches) com outros clientes sugeridas pelas plataformas que vendem esses testes.

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Mina

A série Origens do Ecoa-UOL promove o resgate “histórico da construção de identidade de pessoas negras” e, por ocasião da Copa do Mundo de Futebol de 2022, lançou um especial com entrevistas de ex-jogadores que disputaram a Copa do Mundo e aceitaram participar de um teste de genealogia genética para explorar sua ancestralidade. Neste texto abordo especificamente a entrevista do capitão Marcos Evangelista de Morais, que os brasileiros conhecem como Cafu, que tem no currículo os feitos notáveis de ter sido o jogador com mais partidas pela seleção (142 jogos), o que mais disputou partidas do mundial (20 jogos) e o único no planeta a jogar três finais seguidas, das quais venceu a de 1994 e a de 2002.

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