Conclusão

Em texto anterior, apresentei a hipótese de que o cidadão João Pacheco de Peralta, que supus “ter nascido na virada do século XVIII para o XIX”, seria um descendente de meus antepassados Cordeiro de Peralta que passaram da Bahia ao Rio de Janeiro em meados do século XVII. Esse ramo descendia do cirurgião e cristão-novo Afonso Mendes, mais conhecido como Mestre Afonso, que chegou a Salvador da Bahia com Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil, em 1557. A comprovação da hipótese – ou sua refutação – dependeria das informações que eu pudesse encontrar em quatro documentos que eu soube, mediante pesquisa na plataforma Sophia, estarem disponíveis para consulta no Museu da Justiça do Rio de Janeiro. A consulta aos documentos foi agendada para 19 de agosto, quando pude ter acesso a eles e fotografá-los. Aqui apresento o que descobri pela leitura de tais documentos.

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Peraltas

Minha família materna tem ramos cariocas desde o século XVII, sendo que alguns deles são colonizadores chegados de outras capitanias – entre elas a Bahia – e outros são africanos escravizados trazidos pelo tráfico transatlântico desde Angola e da Guiné. Embora eu já tenha conseguido avançar para esses antepassados mais remotos, não tive sucesso equivalente para encontrar outros descendentes vivos de todos eles. Um caso em questão está no ramo dos Peraltas, que tem como seu antepassado mais remoto o cirurgião-mor da corte portuguesa Afonso Mendes, mais conhecido como Mestre Afonso, que veio para o Brasil em 1557 com Mem de Sá, o terceiro governador-geral do Brasil, e se estabeleceu com sua família em Salvador, então capital da colônia. Mestre Afonso e Maria Lopes, sua mulher, tiveram ao menos cinco filhos: Álvaro Pacheco, Ana de Oliveira, Branca de Leão, Manoel Afonso e Violante Pacheco. Ana de Oliveira casou-se com o médico biscainho Gaspar de Vila Corte de Peralta e foi com esse casal que acredito ter-se originado o título dos Peralta que passou da Bahia para o Rio de Janeiro.

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Virada

A ferramenta de busca por texto completo do FamilySearch, que já recomendei em outro texto, tem trazido revelações sobre meus ramos familiares maternos que não seriam possíveis se tivesse de recorrer apenas aos livros paroquiais, pois há falta de inúmeros deles relativos à freguesia de Santo Antônio de Jacutinga, onde minha família viveu a partir da segunda metade do século XIX. Muitas dessas revelações têm sido possíveis pela descoberta de inventários de famílias com as quais meus antepassados conviveram por vínculos trágicos como a escravidão e por outros ainda mal compreendidos no momento pós-escravidão. Essas mesmas revelações têm-me obrigado a rever algumas análises anteriores fundamentadas em resultados de testes genéticos feitos por mim (J) e por meus primos maternos Regina (R), Suely (S), Thais (T) e Wilsomar (W).

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