Mutantes

Fazer pesquisa genealógica no Brasil é ter de enfrentar uma questão muito complexa: a dos sobrenomes. Se durante boa parte do século XX seguiu-se um costume de batizar os filhos legítimos com o sobrenome da mãe seguido do sobrenome paterno – houve exceções, eu sei – , a pesquisa em registros de dos séculos anteriores nos põe diante de possibilidades como filhos que na idade adulta adotavam o sobrenome da família paterna e filhas que adotavam o da família materna ou um sobrenome devocional – da Conceição, de Jesus, de São José – o que torna mais difícil a pesquisa porque este não traz nenhuma indicação dos sobrenomes familiares. Não bastasse isso tudo, havia pessoas que adotavam outro sobrenome na idade adulta e não necessariamente um que tivesse relação com os de sua família.

(mais…)

Teia

Aos quatorze dias do mês de junho de mil oitocentos e cinquenta, nesta freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Marapicu, pelas quatro horas da tarde, depois de feitas as diligências que manda o Conc. Trid. e const. do Bisp., e não encontrando impedimento algum, recebi em matrimônio, por palavras de presente, na forma do Ritual Romano, a José Gonçalves Cruz, filho legítimo de Manoel Gonçalves Cruz e D. Mariana Rosa da Silva, natural desta freguesia e batizado na Jacutinga, com D. Tereza Maria de Jesus, viúva que ficou de Antônio Pereira Ramos Sobrinho, nascida e batizada nesta freguesia, sendo testemunhas que comigo assinaram João Pedro Alexandrino e Joaquim Mariano de Moura Filho. E não receberam as bênçãos nupciais por ser a noiva viúva. E para constar fiz este assento.

(mais…)