Loteria

Os resultados dos testes de genealogia genética deixam bem claro o quanto a herança do DNA é uma loteria. Não resta dúvida de que filhos e netos herdarão muito DNA de seus pais e avós biológicos, mas a situação começa a ficar mais imprevisível a partir dos primos de segundo grau. Não é por isso, no entanto, que primos mais distantes revelados pelos testes não devam ser considerados como possíveis fornecedores – voluntários ou não – de pistas para o desenvolvimento de nossas árvores familiares e a descoberta da filiação paterna de alguns de nossos antepassados. Tenho casos assim em minha árvore materna e só pude esclarecer alguns deles até o momento graças a meus primos WIL, REG e THAS, que tiveram o carinho de participar comigo dessas buscas pela paternidade dos n-avós, que por vezes parece infindável. Neste texto quero demonstrar o quanto foi variada a carga genética que eu e meus primos herdamos de nossos antepassados em comum e que compartilhamos com correspondências ou matches de DNA que são nossos primos distantes por descenderem desses mesmos antepassados. A proposta é demonstrar que mesmo matches com relativamente pouco DNA compartilhado têm valor na pesquisa.

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Leocádia

Este texto dá continuidade a uma série iniciada em outro no qual justifico, com bases genéticas e documentais, minha ascendência no tenente Antônio da Silva Amaral e em sua esposa Leocádia Clara de Souza – ou em alguém diretamente relacionado a um deles pelo sangue – e que teve sequência em outro texto no qual me dediquei a esclarecer a filiação do tenente. Aqui o foco é a busca da filiação de Leocádia, de quem pouco se sabe além dos fatos de que teve com Antônio seis filhos e três filhas – das quais duas tinham nome composto contendo Clara – e de que viveu nas freguesias fluminenses de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande – como observamos a seguir no assento de batismo de seu filho Inácio – e de Santo Antônio de Jacutinga. O que se apresenta a seguir deve ser entendido como uma hipótese a respeito de sua filiação elaborada a partir da análise de alguns padrões e costumes da época.

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Tenente

Este texto dá continuidade ao anterior, no qual apresentei algumas evidências de que um de meus ramos maternos ainda sem resolução pode descender do casal Antônio da Silva Amaral e Leocádia Clara de Souza ou de alguém diretamente relacionado a eles pelo sangue. O casal parece ter vivido entre as freguesias de Nossa Senhora do Desterro (hoje o bairro carioca de Campo Grande) e de Santo Antônio de Jacutinga (hoje município fluminense de Nova Iguaçu) e teve nove filhos de que se tem conhecimento: Augusto da Silva Amaral, Bento da Silva Amaral, Gregório da Silva Amaral, Inácio da Silva Amaral, Joaquina Clara da Silva Amaral, José da Silva Amaral, Luiz da Silva Amaral, Luiza Clara da Silva Amaral e Maria da Silva Amaral. Aqui dedicarei a análise ao patriarca Antônio, que teria falecido com mais de 60 anos no dia 11 de agosto de 1874 na freguesia de Jacutinga, como vemos no assento abaixo e lemos na transcrição seguinte.

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