Peraltas

Minha família materna tem ramos cariocas desde o século XVII, sendo que alguns deles são colonizadores chegados de outras capitanias – entre elas a Bahia – e outros são africanos escravizados trazidos pelo tráfico transatlântico desde Angola e da Guiné. Embora eu já tenha conseguido avançar para esses antepassados mais remotos, não tive sucesso equivalente para encontrar outros descendentes vivos de todos eles. Um caso em questão está no ramo dos Peraltas, que tem como seu antepassado mais remoto o cirurgião-mor da corte portuguesa Afonso Mendes, mais conhecido como Mestre Afonso, que veio para o Brasil em 1557 com Mem de Sá, o terceiro governador-geral do Brasil, e se estabeleceu com sua família em Salvador, então capital da colônia. Mestre Afonso e Maria Lopes, sua mulher, tiveram ao menos cinco filhos: Álvaro Pacheco, Ana de Oliveira, Branca de Leão, Manoel Afonso e Violante Pacheco. Ana de Oliveira casou-se com o médico biscainho Gaspar de Vila Corte de Peralta e foi com esse casal que acredito ter-se originado o título dos Peralta que passou da Bahia para o Rio de Janeiro.

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Barcelos

Em dois de julho de mil seiscentos e oitenta e dois, recebi nesta igreja, na forma do sagrado concílio tridentino e constituições a Diogo Domingues, filho de Antônio Machado de Barcelos e de sua mulher Bárbara Nunes, com Susana de Lima, filha de Pedro [Gonçalves] e de sua mulher Juliana das Neves. Assistiram-lhes João Veloso de Carvalho, Roque de Barcelos e outras […]

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Genealogizar

Entre algumas das conhecidas e já clássicas obras dos grandes genealogistas do passado podemos citar o Catálogo genealógico das principais famílias que procederam de Albuquerques e Cavalcantes em Pernambuco e Caramurus na Bahia, de frei Antônio de Santa Maria Jaboatão (1695-1779); a Nobiliarquia Paulistana Histórica e Genealógica, escrita no século XVIII por Pedro Taques de Almeida Pais Leme (1714-1777) e depois atualizada até os limiares do século XIX na Genealogia Paulistana por seu primo Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919); e a Primeiras Famílias do Rio de Janeiro (séculos XVI e XVII), de Carlos Grandmasson Rheingantz (1915-1988). Essas obras se tornaram valiosas não apenas porque compilaram um considerável volume de informações sobre famílias fundadoras de diversas capitanias, províncias e estados do Brasil, mas também porque apresentam dados vitais sobre membros dessas famílias que podem já estar indisponíveis porque as fontes primárias que as continham já desapareceram.

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