Diáspora

Mais de 92 milhões de pessoas (45,3% da população) entrevistadas pelos recenseadores no censo de 2022 se identificaram como pardas, reconhecendo dessa forma que descendem de povos originários – indígenas e africanos. O termo pardo originalmente dizia respeito apenas a pessoas que fossem mestiças de brancos e africanos e, se levarmos em conta que a população brasileira sempre foi majoritariamente composta de pessoas de origem africana – foram elas que movimentavam a economia colonial e imperial – , temos de admitir que o povo brasileiro descende majoritariamente de africanos escravizados e, como discuto a seguir, de diversas etnias.

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Peraltas

Quando a genealogia avança pelos séculos, é possível que não sejam mais encontrados assentos paroquiais que permitam saber quando os antepassados nasceram, casaram ou morreram. Talvez nem mesmo testamentos e inventários sejam encontrados que ajudem numa estimativa aproximada, mas, em alguns casos, a sorte pode acenar sob a forma de documentos de outra natureza: processos inquisitoriais. É certo que nesses processos nem sempre os dados vitais relacionados aos antepassados processados sejam exatos, mas podemos fazer estimativas, o que é melhor do que nada. É o caso que passo a descrever.

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Efigênia

Aos vinte dois dias do mês de novembro de mil oitocentos e trinta e um, nesta freguesia do Sacramento da Sé e [rua] de São Joaquim, faleceu o inocente João, filho legítimo de João Antônio e de Justina Maria de Carvalho. Foi amortalhado de Menino do Coro e encomendado por mim, e sepultado na capela de Santa Efigênia. De que fiz este assento que assinei. O coadjutor José Simões da Fonseca.

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