Mantenho minha árvore familiar no MyHeritage por diversas razões, dentre elas a forma intuitiva de elaboração e apresentação das gerações, a possibilidade de inclusão de dados brutos de DNA de meus parentes testados em diferentes laboratórios e a segurança de saber que meu trabalho exaustivo de tantos anos não será deturpado por um usuário bem intencionado. Eis que o MyHeritage me surpreendeu recentemente com esta mensagem: “MyHeritage encontrou teorias que podem explicar como RC Pereira Belem e alguns de seus DNA Matches estão relacionados.”
A mensagem é apresentada como sendo do serviço chamado Theory of Family Relativity™, lançado em 2019 e atualizado em setembro de 2020, que associa informações das árvores dos clientes aos resultados de seus testes genéticos – feitos com o MyHeritage ou importados de outros laboratórios – de forma a apresentar uma teoria a respeito de como podem estar relacionados a outros clientes com quem apresentam correspondências genéticas (matches).
Ao abrir a mensagem, descobri que a ferramenta havia chegado a uma teoria a respeito de como minha prima materna RC Pereira Belém, recém-testada pelo laboratório Genera, estava relacionada ao seu match LFM, que vou identificar apenas pelas iniciais para preservar sigilo de sua identidade. Segundo o MyHeritage, minha prima teria LFM como 2º primo-neto, 3º primo-sobrinho, 3º primo, 2º primo-sobrinho ou 4º primo, o que significa que tiveram desde um bisavô até um pentavô em comum, como se vê no gráfico abaixo.
Embora a árvore de LFM seja privada, pude verificar que ela era bem desenvolvida até a geração em que encontrei um casal que identifiquei como Francisco Gomes Pereira (1764-?) e Inácia Angélica de Moraes (1775-?), que são os pais de minha tetravó Maria Tereza da Paz (1791-1855), portanto pentavós meus e de RC. O responsável pela árvore confirmou os nomes dos antepassados de LFM, que é, portanto, neto de Perdiliana Salles Pinheiro de Moraes, bisneto de Fernando Dias de Moraes e Luiza Adelaide de Salles Moraes, trineto de Manoel Gomes de Moraes e Jacinta Laura Gomes de Jesus e tetraneto de Francisco Gomes Pereira e Inácia Angélica de Moraes.
O Theory of Family Relativity™ parece reiterar, com essa descoberta, a análise que fiz da filiação de meu bisavô João Pereira Belém (1848-1921) e reafirmar o valor da complementaridade entre pesquisa documental e testes de genealogia genética.
José Araújo é genealogista.
1 comentário
Mergulho – Genealogia Prática · 1 de março de 2021 às 07:43
[…] e talvez seja pelos resultados deles que descubramos algo interessante sobre esses antepassados. No texto anterior exponho essa situação ao tratar do resultado do teste de uma prima de primeiro grau, que vou […]
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