Erros

A leitura de assentos paroquiais costuma ser um problema para quem se inicia na pesquisa genealógica. Além de originais parcialmente devorados por insetos ou mesmo pela química da tinta que era usada e destruía o papel ou atravessava a folha, dificultando ou simplesmente impedindo a leitura do texto, havia ainda o fator da grafia antiga, que embora seja algo complexo, é passível de aprendizagem após alguma exposição ou estudo formal. E havia os erros cometidos pelos párocos e eram retificados durante o registro, o que produziu textos com riscos e rabiscos. Embora esses erros possam parecer mais um problema, vou provar que eles podem ser nossos aliados.

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Segredo

10 Tratava Maria da Cunha, Dona viúva, com todo o segredo, de casar a uma filha sua, por nome Maria do Lago Prego, com o capitão João Lopes do Lago, & por encontrarem os parentes dela este casamento, nem se sabia determinar a efetuá-lo. No meio desta irresolução, estando na sua fazenda, distante da cidade mais de seis léguas, lhe mandou dizer o padre ALMEIDA que o negócio que trazia em mão do casamento de sua filha o efetuasse logo, sem reparar na contrariedade do parentesco porque era assim serviço de Deus. Com este aviso, pôs em execução o casamento & julgou que o p. ALMEIDA tivera sobrenaturalmente notícia dele, porque o tratava com grande segredo, & e nem ela nem os parentes lho haviam comunicado. Ambos estes casos estão jurados no processo do Rio de Janeiro. _ In: VASCONCELOS, Simão de. Vida do p. Joam d’Almeida da companhia de Iesu, na provincia do Brazil. Lisboa, 1658, pp. 265-266.

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Paranapuã

Apesar do sobrenome diferente dos de seus pais, Antônia Tavares de Oliveira (1614-1682) era filha de meus undecavós Duarte Nunes Sardinha e Maria da Cunha. O renomado genealogista Carlos Rheingantz informa, no Volume IV de sua obra Primeiras Famílias do Rio de Janeiro, que Antônia casou-se por volta de 1650 com o capitão João Velho Prego. O mestre relaciona ao menos dois filhos para o casal: Madalena, batizada na Candelária em junho de 1650, sem descendência identificada; e João Velho Barreto, batizado na mesma igreja em março de 1653 e com descendência identificada.

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