Mitos

Tenho observado a persistência de algumas falsas verdades entre pessoas que acabaram de descobrir a Genealogia para o estudo de suas origens familiares. Uma delas – sempre ela – é a de que existiriam sobrenomes característicos de famílias sefarditas e que seriam agrupados sob o guarda-chuva de nomes de árvores ou algo assim. Pois bem, lamento desfazer as ilusões de quem acabou de encontrar uma lista desses supostos sobrenomes, mas essa história não tem nenhum fundo de verdade e vou explicar o porquê.

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Desafio

Há alguns anos, recebi um pedido de contato a partir de um dos inúmeros grupos de Genealogia no Facebook de que participo. A pessoa interessada era uma jovem que se comunicava em inglês e relatava ter nascido no Brasil e sido adotada por um casal israelense em um caso envolvendo a venda de crianças brasileiras para casais estrangeiros na década de 1980. Agora adulta e consciente da forma como se tornou uma cidadã involuntária de outro país, ela desejava descobrir a identidade de seus pais biológicos. Infelizmente não tinha ainda experiência para ajudá-la, mas o relato me impressionou bastante. Descobri que havia inúmeras pessoas nessa condição e que elas se reuniam em comunidades do Facebook onde tentavam obter mais informações para tentar chegar à descoberta da identidade de suas famílias biológicas no Brasil.

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Predestinação

Um desafio para todo genealogista que decide ir além da mera análise de documentos é tentar reconstruir a vida das pessoas cujas histórias esses documentos registram de modo fragmentado. Em casos de pessoas para as quais se encontram apenas registros dos eventos vitais como nascimento, casamento e óbito, resta a enganadora aparência de que elas, nos intervalos entre esses eventos, não sofreram, não amaram, não desejaram. A busca dessas vivências muito humanas é, quase sempre, um exercício de imaginação, e por isso um exercício arriscado, que alguns genealogistas veem com muitas reservas.

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