ANTÔNIO DO LAGO PREGO – juiz ordinário em 1640, n. por volta de 1586, fal. filho de André Rodrigues do Lago e de Madalena Gonçalves Prego, naturais de Viana do Castelo, casado no Rio (Sé, 1º, 3v) a 19.6.1616 com Maria da Cunha, filha de Domingos Nunes Sardinha (fal. antes de 1616) e de Maria da Cunha – Fonte: RHEINGANTZ, C.G. Primeiras Famílias do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Livraria Brasiliana Editora. Volume II, 1965, p. 381.
A partir da referência da obra de Rheingantz busquei no FamilySearch o assento matrimonial de Antônio do Lago e Maria da Cunha, que são meus unodecavós. Esse registro foi localizado com algum esforço, pois o livro que contém esse assento está incorretamente identificado como “Óbitos 1616, Fev-1657, Ago”, ou seja, óbitos de agosto de 1657 a fevereiro de 1616, mas de facto contém os matrimônios desse período.
Eis a imagem e a transcrição que ratificam as informações obtidas na obra de Rheingantz:
Em 14 do mês de junho de […], às cinco horas da tarde, feitas as três admoestações em três dias festivos nesta Sé matriz, em três dias festivos à missa do dia, e as mais diligências que em direito se requerem na forma do Concílio Tridentino, recebi por palavras de presente com as bênçãos e mais solenidades a Antônio do Lago Prego, filho de André Rodrigues do Lago, já defunto, e de Madalena Gonçalves Prego, naturais de Viana, com Maria da Cunha, filha de Domingos Nunes Sardinha, já defunto, e de sua mulher Maria da Cunha. […]
A partir desses registros, fiz uma simples pesquisa no Google e descobri que os pais de Maria da Cunha foram os doadores, em 1612, de 500 braças de terra para construção de uma ermida sob a invocação de Nossa Senhora das Neves. Essa foi a origem da freguesia de Nossa Senhora da Conceição do Pilar, uma das mais ricas da Baía de Guanabara durante os séculos XVIII e XIX, hoje em terras pertencentes a Duque de Caxias, na Baixada Fluminense.
Este caso traz um alerta para a importância de sempre verificar o conteúdo dos livros disponíveis no FamilySearch, pois eles podem estar identificados de forma incorreta. Já encontrei vários nessa situação.
José Araújo é genealogista.
5 comentários
Iguassu – Genealogia Prática · 1 de fevereiro de 2022 às 07:15
[…] elevou Aguassu à categoria de vila em 15 de janeiro de 1833. A vila tinha por vizinhas as freguesias de Nossa Senhora do Pilar, de Santo Antônio de Jacutinga, de Nossa Senhora da Conceição do Alferes, de Sacra Família, […]
Pessach – Genealogia Prática · 14 de abril de 2022 às 15:35
[…] acima e exibido abaixo traz informações valiosas sobre um dos quatro filhos descobertos de Domingos Nunes Sardinha e Maria da Cunha, meus antepassados diretos que viveram no Rio de Janeiro entre os séculos XVI e XVII. O valor do […]
Cores – Genealogia Prática · 11 de maio de 2022 às 08:10
[…] caso da construção da ermida em terras de um cristão-novo, um colega estranhou minha afirmação de que meu antepassado Domingos Nunes Sardinha havia sido […]
Mishpachá – Genealogia Prática · 20 de junho de 2022 às 17:20
[…] viveram na cidade do Rio de Janeiro entre os séculos XVI e XVII. Elas estão relacionadas a meu undecavô Domingos Nunes Sardinha, que é citado no segundo volume da obra do mestre Rheingantz (p. 381), no verbete relacionado a […]
Desafios – Genealogia Prática · 1 de maio de 2024 às 00:13
[…] Entre as questões intrínsecas estão erros (a) de classificação de livros – p.ex. óbito onde deveria ser matrimônio – e até (b) de localização geográfica, como ocorre com o livro de batismos de 1816-1835 […]
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